Luanda - A comercialização dos medicamentos cujo consumo tem efeitos abortivo às mulheres gestantes é relativamente barato, os preços variam de 20 a 2000 kwanzas no mercado informal.
Razão pela qual, muitas mulheres em estado de gestação, sobretudo adolescentes sem experiência e vítimas de gravides precoce, acorrem aos mercados ou farmácias para adquirirem-nas.
Muitas vezes, o fazem mesmo sem a receita ou o acompanhamento médica. O que tem causado consequências graves que se resumem na perda da nascença ou na morte da gestante.
De acordo com o farmacêutico Fernando Matias, o cytotec, por exemplo, é um medicamento que serve para tratar problemas gastrointestinais mas que, se consumido por uma mulher grávida, pode provocar o aborto.
“Quando a sociedade soube disso, então começaram a usar incorrectamente esse medicamento com objectivos abortivos” disse, acrescentando que “quando consumido sem acompanhamento médico provoca sérios problemas que podem culminar na morte da grávida” disse.
Os fármacos mais procurados, como o cytotec, a Cumorite forte e a cloroquina, são ilegalmente adquiridos pelos vendedores ambulantes no mercado dos kwanzas. As condições de venda desses medicamentos nem sempre respeitam as regras de segurança e a proveniência dos mesmos é duvidosa. “Há tempos falava-se que no Palanca fabricavam um cytotec adulterado que causou sérios problemas” revelou-nos José Betão, vendedor de medicamentos.
Entre os medicamentos abortivos constam também o quinino que, segundo Fernando Matias, se usa por dois métodos: “através do soro, via intravenosa, ou toma-se após uma relação sexual ocasional” explicou.
O Cumorite forte injectável é um medicamento de origem árabe que também tem sido usado erradamente para fins abortivos. É muito consumido por ter um efeito rápido. Saliente-se que esses medicamentos não tem afeito abortivo quando usadas por pessoas não gestantes. A cloroquina é um bom exemplo.
“Há medicamentos que podem ser tomados por pessoas normais mas, quando ingeridos por gestantes provocam o aborto. A albendazole, por exemplo, é um fármaco específico para resolver problemas de bichas e vermes mas também pode tirar a gravidez”.
O Club-k.net tentou insistentemente, junto da direcção nacional de medicamentos, obter mais esclarecimento sobre a legislação e venda desses medicamentos. Infelizmente tal pretensão não foi bem sucedida, como acontece sempre quando repórteres da imprensa privada se dirigem às instituições do estado para adquirirem informações indispensáveis ao seu trabalho.
Hahah. Es mesmo engracado. Pior e k e perigoso mesmo. Principalmente afecta paises como nosso onde ha muito analfabetismo e falta de informacao. Sinceramente passa a afectar com muita mais forca nas camadas mais baixas (suburbana, ghetoo assim dizendo) ou de classes mais baixas. Sao ingeridos certos medicamentos sem se ter conhecimento do mesmo. Ingere-se por vezes em momentos errados. E e o que se ve nesse caso.